PONTES IMPLODIDAS
Li ontem num blog, neste endereço http://migre.me/3XpIU, uma metáfora que o blogueiro fez, usando a figura de uma ponte, sobre as decisões que devemos tomar na vida em decorrência de fatos que nos acontecem e que, tomada a decisão, ela não tem volta. Concordo com ele.
Recentemente, mais precisamente no mês de novembro passado, detonei uma ponte que me ligava a uma pessoa porque descobri que essa pessoa tinha mais “duas pontes” iguais a que tinha comigo. Isso sem contar que pode até haver mais “pontes” das quais não tenho conhecimento.
Três anos atrás eu já havia detonado essa ponte, mas, por pedidos da pessoa em questão, para que lhe fosse dada nova chance, eu a reconstruí. Claro que a reconstrução não podia ser perfeita e ficaram rachaduras, grandes, que abalaram a estrutura da ponte, mas, mesmo assim ela serviu e seguimos em frente. Eu na esperança de que o pedido de nova chance fosse decentemente cumprido, o que não aconteceu. A pessoa, certamente, achando que eu fecharia os olhos e aceitaria nova recaída, o que também não aconteceu.
O fato é que agora detonei de vez essa ponte, sem dó nem piedade, com uma carga enorme de TNT! De quebra, ainda espalhei um pouco do TNT nas “outras duas pontes”. O que aconteceu com elas não sei nem quero saber. Penso que devem ter ficado com as estruturas um pouco abaladas, mas isso não é problema meu. Fiz a minha parte ao mostrar que aquelas “pontes”, como a minha, estavam construídas em cima de mentiras e deslealdade. O resto não é comigo!
Hoje olho para o local onde a minha ponte estava e não vejo mais nada, pois TODOS os escombros foram minuciosamente removidos. E como não vejo mais a ponte, também não vejo do outro lado, a pessoa à qual ela me ligava. Sumiu! Está invisível! Transparente!
E assim a vida segue. E a minha vida está ótima! Esses atropelos que aparecem pelo caminho, fazem parte. Eu vou tirando os que posso, como tirei a ponte. Os que não posso tirar, vou contornando e seguindo em frente. Essa é a ordem natural das coisas.
Fátima Vieira